Muita atenção no lanche escolar na volta as aulas!

lancheira escolar sorriso ou triste

Com a volta as aulas, a correria do dia a dia e tanta oferta de produtos industrializados, um erro muito comum que pode prejudicar a saúde da criançada é o consumo frequente de alimentos cheios de açúcar, sódio e gorduras. Pensando nisto, resolvemos escrever este post para falar para vocês pais sobre os principais “Vilões” disfarçados de “Heróis“, que insistem em participar da rotina diária de seu filho, tanto na escola quanto em casa, e o pior é que nem percebemos!

Quando pensamos em lanche escolar, imaginem quais são os astros mais populares nas lancheiras da criançada?

Isto mesmo, são eles: os refrigerantes (bebidas gaseificadas com sabores), sucos de frutas industrializados feitos com o “puro néctar de açúcar”, achocolatados, salgadinhos, biscoitos e bolinhos. E sabem o que eles têm em comum? Sim, as propagandas enganosas, aquelas que apresentam personagens atraentes para a criançada, recheados de muito, muito sódio, açúcares e gordura.

Mas você pode se perguntar, “Mas hoje em dia temos opções saudáveis, “fortificadas”, “livre de gorduras trans” e “reduzidos em sódio”, não é?.

E nós respondemos: Sim, temos, mas quem disse que todos estes produtos são saudáveis?

Muitos são fortificados com nutrientes de baixa absorção pelo organismo, como a maioria dos sais de ferros adicionados. Por outro lado, o sódio e a gordura presentes serão bem atuantes no organismo e um consumo excessivo poderá, ao longo do tempo, elevar os níveis de colesterol e pressão arterial, prejudicando a saúde da garotada.

Outra tática da indústria é o slogan “livre de gorduras trans”, mas devemos ficar atentos, pois em muitos casos o que acontece nestes produtos é a substituição de uma gordura muito ruim (geralmente a gordura vegetal) por outra “ruim” (óleo de palma), ou seja, outro vilão fantasiado de bonzinho. Além disto, outras vezes este slogan refere-se apenas a quantidade presente na porção. Mas saiba que a porção é convenientemente estabelecida pela indústria para se enquadrar abaixo da quantidade mínima de gordura trans estabelecida pela legislação. Quer um exemplo? Se em uma porção de biscoito recheado contem 0,2g de gordura trans, pela legislação a indústria poderá arredondar para 0 (zero) e utilizar o slogan “zero de gordura trans”, mas se a criança consumir ao longo do dia todo o conteúdo do pacote, e isto é muito comum, ela terá ultrapassado e muito a quantidade máxima de consumo diário, comprometendo sua saúde cardiovascular.

E o que falar do sódio?

Apesar de alguns produtos terem seus conteúdos reduzidos em sódio, a quantidade presente na maior parte dos produtos, principalmente os direcionados a criança, ainda está muito elevada, até mesmo nos produtos que se dizem “integrais”.

E o que falar das embalagens com personagens superatraentes e da venda casada de brinquedos? Estas são estratégias de marketing para seduzir adultos e crianças, desta forma cada vez mais se garante a fidelidade da criançada para o consumo de alimentos supercalóricos e não saudáveis.

Infelizmente o “capitalismo adulto desleal” busca fórmulas cada vez mais eficazes de lucrar, e assim acabam aproveitando-se da vulnerabilidade infantil e humana para infiltrar-se na mente e nos lares de todo o mundo instigando o consumo de “produtos alimentícios” que prometem diversão e praticidade, acompanhado de sabor intensos, sedutores e VICIANTES e algumas vezes ainda possuem a ousadia de se disfarçarem de bonzinhos e se intitularem “cheios de nutrientes”.

Diante desta preocupação com o grande bombardeio de ofertas de alimentos não saudáveis direcionados a crianças, o IDEC- Instituto de Defesa do Consumidor analisou 81 projetos de lei (de 2000 a 2014) de regulamentação da publicidade de alimentos para o público infantil, entre eles estão propostas de restrição da propaganda destes produtos nos meios de comunicação e em escolas, além da distribuição casada de brindes e a necessidade de incluir alertas sobre os riscos de seu consumo excessivo, porém constataram que nenhuma destes projetos de lei foram aprovados até hoje! O relatório completo desta avaliação está no site do IDEC.

Por isto, a melhor ferramenta que temos para não nos deixar ser enganados pela indústria é conhecer os riscos do consumo excessivo destes nutrientes e saber interpretar os rótulos dos alimentos!

Assim, ao montar a lancheira de seu filho ou supervisionar o cardápio da escola, lembre-se destas 2 dicas coringas:

1) Prefira os alimentos in natura (como as frutas e legumes) e as preparações caseiras.

2) Não fique refém de produtos industrializados, e, quando utilizar, fique atenta a sua composição, preferindo os de formulações mais simples possível. Exemplo: se comprar sucos de fruta industrializado prefira os “sem adição de açúcares, conservantes, corantes e aromatizantes”, ao comprar pães evite os que utilizam gordura vegetal ou óleo de palma e prefira os que utilizam em maior proporção cereais integrais e que apresentem menor teor de sódio e açucares de adição.

Em outro post daremos mais dicas práticas de como montar uma lancheira saudável. Fiquem atentos!

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