Esta é uma dúvida muito comum entre os pais e profissionais de saúde. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) o tratamento nutricional de crianças e adolescentes obesos, que não apresentam diabetes melitus ou intolerância a glicose, deve focar na melhoria dos hábitos alimentares, limitando o consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras e priorizando sempre o consumo de alimentos in natura. Portanto, não se recomenda a utilização de adoçantes dietéticos (ciclamato, sacarina, sucralose e aspartame, etc) como forma de substituição ao açúcar comum (sacarose), uma vez que pode-se facilmente ultrapassar as recomendações diárias estabelecidas como seguras para esta faixa etária. Vale ressaltar que a substituição do açúcar por adoçante não contribui para mudanças no hábito alimentar, condição a ser focada no tratamento nutricional, e que ainda não se conhece os efeitos desses produtos a longo prazo na saúde das crianças e adolescentes.
Só há indicação de uso de adoçantes como substitutos do açúcar para crianças e adolescentes com Diabetes mellitus ou que apresentam intolerância à glicose, uma vez que o açúcar deverá ser restrito nesses casos, porém permanece o foco na adoção de hábitos alimentares saudáveis e uso moderado destes produtos.
Fonte: Obesidade na infância e adolescência – Manual de Orientação / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia. 2ª. Ed – São Paulo: SBP, 2012. 142p.
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